sexta-feira, 5 de dezembro de 2008

Novamente a minha linda...

Á vários dias que ando a tentar ter coragem para escrever... Não sei muito bem como começar ou como escrever o que quero. Admito que sempre foi um defeito meu guardar os meus problemas pra mim mas eu criei este blog precisamente com o objectivo de puder desabafar á vontade...

A minha afilhada, a minha linda, faleceu o mês passado no dia 19. Estava tudo a correr bem e em 5 dias acabou tudo... Estava a reagir bem aos tratamentos e este ultimo que fez foi bastante forte o que a deixou mais frágil e mais susceptível de apanhar infecções, o que acabou por acontecer. Apanhou uma virose que, numa criança normal passaria 2 dias depois, mas a ela desencadeou um turbilhão de sintomas e afectou vários orgãos. Começou no sábado, foi logo transferida para os cuidados intensivos mas na 3.feira já não acordou, teve uma hemorragia cerebral. Ainda foi operada de urgência mas na 4.feira acabou por falecer.

Dou por mim a falar ás vezes com ela como se estivesse ao meu lado, ainda hoje aconteceu, no meu precurso para o trabalho fizeram uma árvore de Natal só com luzes que ela ía adorar...

É nas pequenas coisas que mais sinto a falta dela... De como gostava de castanhas, da mãe, da Kitty, de cães e gatos,de roupa nova, de a ouvir a chamar-me Mimi... Sim, é disso que eu mais sinto falta...

Mimi...

Foi uma criança muito amada por todos e será sempre amada...

A mim ensinou-me o que é ser amada por uma criança e amá-la da mesma maneira...

Não consigo escrever mais nada, hoje não.

domingo, 21 de setembro de 2008

A minha linda


A vida ás vezes dá cada tombo...

Temos a mania que temos tudo sobre controlo, a nossa vidinha minimamente bem organizada mas podem acontecer sempre imprevistos que abalam todos os nossos alicerces.

Em julho último descobrimos que a minha afilhada, a minha linda, com apenas 9 anitos, tem leucemia. Depois do choque vem o tratamento que ainda decorre e sinceramente nem sei por mais quanto tempo. Ela tem reagido bem e tem-nos dado lições de coragem, tanto a nivel fisico como psicologico. Não tem sido fácil, claro. E o que dizer aos pais, principalmente á mãe que é como uma irmã pra mim pois fomos criadas juntas e ás vezes nem sei o que lhe dizer pra a ajudar. Ninguém sofre mais que ela e ás vezes quem a rodeia esquece-se disso.

Eu sei que agora a leucemia em crianças tem uma percentagem de cura elevada e tenho a profunda esperança que um dia ainda vamos olhar pra trás e suspirar de alívio pois passámos um mau bocada mas tudo acabou bem, e que ela vai estar bem, a dar dores de cabeça á mãe com os seus namoricos porque se sair á mãe... vai-nos dar pano pra mangas...

sábado, 17 de maio de 2008

Dias Difíceis

Há mesmo dias difíceis, não há?
Parece um cliché, uma frase banal dos nossos dias, em que toda a gente se queixa mais do que realmente devia pois as suas vidas não são assim tão complicadas, apenas gostam de se armar em vítimas para podermos perguntar: "Então, que se passa?" Ás vezes não há paciência...
Mas sem dúvida que há mesmo aqueles dias filhos da p.... que só apetece chamar as coisas pelos seus verdadeiros nomes... E hoje é um desses dias...
Dass...
Estou a fazer exactamente o que critico em cima...
Merda.